quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Coisas da era eletrônica - se a moda pega !

Viajando , a gente sempre vê , ouve uma coisa aqui, outra ali e acolá e acaba trazendo uma historinha para compartilhar com os amigos. Essa eu achei interessante e somente mesmo na época que estamos vivendo, da Internet, é que pode acontecer.

O filho de um industrial , querendo ter maior segurança e controlar, de longe , a movimentação da fábrica , que é de porte razoável , teve a luminosa idéia de se valer dos recursos da eletrônica para controlar o interior dos diversos galpões , bem como a movimentação no exterior. Vale dizer que, já diversas vezes o estabelecimento foi visitado pelos amigos das coisas dos outros e causado alguns estragos...

Assim foi que instalou diversas câmaras em posições estratégicas dentro e fora do estabelecimento, conectadas com dois monitores mantidos em casa, filmando durante 24 horas por dia, o tempo todo...

Hoje dia, por causa de coisas como essa , ninguém tem mais a certeza de que está livre , desimpedido e que tem toda a liberdade que desejava , porque há sempre um olho nos vigiando , além dos dois do leão do imposto de renda. Se você está em São Paulo e faz um comprinha, por menor que seja, a caixa ou o caixa vai logo perguntando: quer nota fiscal paulista ? Se quiser , tem que declarar o CPF e assim o leão acaba sabendo por onde você anda... e vai fazer as contas no seu bolso ! Bem, mas voltando à estória : uma das câmaras controla a movimentação do portão principal por onde tudo passa e, consequentemente, as idas e vindas das pessoas . Uma tarde , o jovem estava dando uma olhada nos monitores quando viu o carro do pai sair. Fim de tarde. Expediente encerrado . Tomou nota da hora e esperou o pai chegar. Foi logo perguntando : onde o senhor foi que levou vinte minutos para chegar em casa ? Você está me monitorando ? respondeu perguntando o industrial. Sem resposta.

A partir daquela data , uma cena estranha começou a ocorrer todas as vezes que o industrial sai da fábrica. Ele olha para um poste e dá uma banana ! Até hoje a vizinhança , intrigada , não sabe porque aquele senhor sério e respeitável procede daquela maneira...

Sarnelli, janeiro de 2012